10 de ago2016

Amarc Brasil no Encontro sobre Software Livre no Equador

por deniseviola

Por Jaqueline Deister

Por Jaqueline Deister


Nos dias 1, 2 e 3 de junho ocorreu o II Encontro Rádios Comunitárias e Software Livre, na cidade de Quito no Equador. O evento foi sediado na Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso) e contou com a participação de radialistas comunitários e livres de diferentes países latinos.
Durante os três dias de evento, foi possível conhecer mais a fundo a experiência de rádios e coletivos que se apropriaram do software livre em seus estúdios. Desde comunidades rurais no interior do México, até a própria rádio da Flacso se apropriaram desta cultura livre de maneira a repensar as questões políticas e de segurança por trás de softwares e serviços comerciais.
O encontro contou com palestras e oficinas que esclareceram sobre o uso dos programas e sistema operacional livres. Ao todo, foram doze oficinas distribuídas nos três dias de evento, que abordaram questões mais técnicas como programação avançada, destinada à operadores de áudio; edição de áudio passando pelo audacity e o profissional ardour; edição de imagem por meio do Gimp e Inkscape; telefonia via internet e comunicação segura. Esses são apenas alguns exemplos do que foi abordado nas oficinas.
Dentre as oficinas, chamou atenção a de comunicação digital e segura, ministrada por Oliver Piper e Jávier Obregón. O encontro mostrou as ameaças constantes às quais estamos expostxs na internet, e a facilidade com que os nossos dados pessoais são pegos por grandes empresas.

26 de jun2013

MiniCom sugere que rádios públicas e comunitárias se tornem provedoras de internet banda larga

por pulsar brasil

Rádios comunitárias podem contribuir para serviço de banda larga em regiões do Norte e Nordeste (foto:Paulo Pinto)

Nesta terça-feira (25), o Departamento da Banda Larga do Ministério das Comunicações (MiniCom) chamou representantes de organizações das telecomunicações e de radiodifusão  para propor que rádios comunitárias e públicas possam se tornar provedores de internet. Estiveram presentes a Telebrás, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Associação de Rádios Públicas (Arpub) e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias do Brasil (Amarc Brasil).

Como entidades sem fins lucrativos, ambos os serviços de radiodifusão, público e comunitário, poderão dispor de conexões sem fio à Internet sob a licencia Serviço Limitado Privado (SLP).

De acordo com o MiniCom, o licenciamento para os serviços seria simples e rápido e poderia ser feito em qualquer município do pais. Existem áreas, sobretudo rurais, que são classificadas como preferenciais, como Norte e Nordeste do Brasil.

A Telebrás explicou que poderão ser solicitadas licenças também em municípios onde já existem oferta do serviço por entidades comerciais. Francisco Zioguer, diretor comercial da Telebrás, acredita que as rádios poderão contribuir com maior alcance do serviço de banda larga se tiverem estrutura técnica e financeira suficiente.

No entanto, o custo da implementação do serviço varia de 4 mil a 16 mil reais, um valor alto para emissoras comunitárias que não têm fins de lucro. Por isso, seria necessário um projeto por parte de algum órgão público que garanta esse passo inicial.

Para Arthur William, representante nacional da Amarc Brasil, a possibilidade de oferecer o serviço em municípios com dificuldade de acesso à internet abre a possibilidade de reconhecimento do papel das rádios comunitárias no Brasil. No entanto, ele destaca que as comunitárias continuam sendo perseguidas dentro da sua principal atuação que é difusão de cultura e informação de suas comunidades.

Arthur também vê nessa proposta a possibilidade de criar alternativas para sustentabilidade das emissoras, já que , por exemplo, são proibidas de fazer publicidade. (pulsar)

Ouça os áudios:

Arthur William, da Amarc Brasil, fala sobre a possibilidade de comunitárias oferecerem serviço de banda larga.

O representante Nacional da Amarc Brasil fala sobre o serviço de banda larga e a sustentabilidade das comunitárias.

Francisco Zioguer, da Telebrás, fala sobre comunitárias e o serviço banda larga.

16 de abr2013

Mapa da intolerância aponta para crescimento de grupos neonazistas; no Brasil, região sul concentra maioria

por pulsar brasil

O crescimento do número de simpatizantes neonazistas tem se tornado uma tendência internacional. É o que aponta um monitoramento da internet realizado pela antropóloga e pesquisadora da Unicamp, Adriana Dias.

De acordo com a pesquisa, de 2002 a 2009, o número de sites que veiculam informações de interesse neonazistas subiu 170%, saltando de sete mil e 600 para vinte mil 502. No mesmo período, os comentários em fóruns sobre o tema cresceram cerca de 42%.

Nas redes sociais, os dados são igualmente alarmantes. Apontam para existência de comunidades neonazistas, antissemitas, que se referem especificamente ao preconceito contra judeus e negacionistas, de grupos que negam a existência do holocausto, em 91% das 250 redes sociais analisadas pela antropóloga. E nos últimos nove anos, o número de blogs sobre o assunto cresceu mais de 550%.

De acordo com informações da Agência Brasil, Adriana Dias trabalha há onze anos mapeando grupos neonazistas dentro e fora da internet. No Brasil, segundo a pesquisadora, os grupos neonazistas eram predominantes no sul do país, mas nos últimos anos têm crescido cada vez mais no Distrito Federal, em Minas Gerais e em São Paulo.

Para mapear a quantidade dos que considera neonazistas, ela mapeia o número de internautas que fazem mais de 100 downloads de arquivos de sites sobre o tema. Por esse critério, seus dados de 2013 apontam que há aproximadamente 105 mil neonazistas na região Sul. No Rio Grande do Sul, foram encontrados 42 mil neonazistas. O estado com o maior número é Santa Catarina, com 45 mil. Em São Paulo, o número corresponde a 29 mil.

Em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais um skinhead identificado como Antônio Donato Baudson Peret, também conhecido como Donato di Mauro, enforcou um morador de rua negro com uma corrente. Ele postou uma foto da ação nas redes sociais na sexta-feira (12) e foi preso no último domingo (14). Peret será indiciado por apologia ao crime e formação de quadrilha. Ele ainda teria envolvimento em outros casos de violência contra negros e homossexuais. (pulsar)