Federações esportivas se unem contra demolições no Complexo do Maracanã
Cerca de 150 pessoas se reuniram, nesta quarta-feira (10), próximo à estátua do Bellini, no Rio de Janeiro, para protestar contra as demolições previstas no contrato de concessão do Maracanã.
De acordo com o projeto, o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros devem ser derrubados para a construção de estacionamentos, bares, lojas e outros espaços comerciais. A Escola Municipal Friedenreich, uma das dez melhores colocadas no IDEB em todo o Brasil, também deve vir abaixo, segundo o contrato.
O protesto foi convocado em conjunto pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e pela Federação de Atletismo do Rio de Janeiro (FARJ). A Defensoria Pública da União (DPU), que entrou recentemente com uma ação que pede o tombamento dos espaços esportivos do Maracanã, também esteve presente e apoiou a ação.
Entre os manifestantes, atletas, pais de estudantes da escola Friedenreich e dezenas de pessoas atendidas pelos projetos sociais no Complexo do Maracanã. Somente no Julio Delamare, mais de 10 mil pessoas estavam cadastradas em programas gratuitos de iniciação ao esporte e de promoção da saúde através de atividades físicas.
Esses programas estão paralisados desde o fechamento arbitrário do espaço em abril. Não há qualquer perspectiva de continuidade, o que levou dezenas de idosos e deficientes físicos que agora estão desassistidos ao protesto de hoje. Os manifestantes exigiram a revogação do contrato de concessão que prevê as demolições e reivindicaram uma audiência com o governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB). (pulsar)