28 de fev2013

Ministério das Comunicações defende realização de novos testes de padrões de rádio digital

por pulsar brasil

Minicom anuncia realização de novos testes de rádio digital (imagem: cepro)

Durante reunião do Conselho Consultivo de Rádio Digital realizada hoje (28), em Brasília, a realização de novos testes sobre os possíveis padrões tecnológicos de rádio digital a serem adotados no Brasil foi defendida pelo Ministério das Comunicações (MiniCom). Foram dois anos para realização dos primeiros testes. No entanto, o MiniCom não apontou prazos para os próximos.

São dois padrões estudados para se adaptarem à realidade brasileira: o europeu DRM e o estadunidense HD Radio Iboc. Em entrevista à Pulsar Brasil, o diretor de Acompanhamento e Avaliação de Serviços de Comunicação Eletrônica do MiniCom, Octavio Pieranti, avaliou que os primeiros testes, realizados entre 2010 e 2012, não foram satisfatórios.

Ele explicou que a cobertura do sinal digital de ambos os padrões tecnológicos foi muito inferior à cobertura do sistema analógico. De acordo com Pierante, uma das hipóteses é de que os equipamentos não estivessem devidamente configurados. Por isso, o Ministério falou em uma provável nova bateria de testes com parâmetros rigorosos definidos em conjunto com os sistemas e os integrantes do Conselho.

Pierante também explicou que o Ministério não quer definir qual será o sistema digital adotado antes de realizar os novos testes com ambos os padrões em disputa. Segundo ele, primeiro é necessário “ver qual o melhor sistema para a realidade brasileira”. Dentre os parâmetros de escolha citados por Pierante está a cobertura mais ampla possível.

Desde o anúncio sobre a implementação da rádio digital no Brasil, entidades que lutam pela democratização da mídia demonstram preocupação e reivindicam a ampliação do debate para todos os setores sociais interessados em contribuir na decisão sobre o padrão tecnológico a ser adotado. Durante a reunião do Conselho, Pierante anunciou que rádios comunitárias de Santa Catarina, que integram a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), “deram indicativo de que vão convocar uma audiência pública” sobre o tema. O MiniCom garantiu presença. (pulsar)

Ouça:

Octavio Pierante fala sobre a realização de novos testes dos padrões de rádio digital.

Octavio Pierante fala sobre os principais critérios do MiniCom para escolha do melhor padrão de rádio digital.

Atualização: Essa nota foi modificada. Como ainda não foram apresentados prazos, a ideia de “anúncio” de novos testes  foi trocada para “defesa destes” por parte do MiniCom.

28 de fev2013

Com quase 25 anos de atraso, Câmara aprova fim dos 14º e 15º salários aos parlamentares

por pulsar brasil

O benefício já não consta na Constituição há quase 25 anos.(foto: fabio rodrigues pozzebom/ABr)

Por unanimidade, a Câmara Federal aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto de decreto legislativo que acaba com as ajudas de custo que parlamentares recebiam no início e no fim de cada ano. Esses pagamentos eram conhecidos como 14º e 15º salários.

O texto, porém, mantém o recebimento desses valores no primeiro e no último mês dos mandatos de deputados e senadores. A verba compensaria despesas com mudanças e transportes. Segundo informações da Câmara Notícias, o projeto já foi aprovado pelo Senado e, com a votação de ontem, será promulgado pelas mesas diretoras das duas Casas.

Criado em 1946, o objetivo do benefício foi pagar viagens, que eram mais difíceis naquela época. No entanto, a referência a este custo já não consta na atual Constituição, de outubro de 1988. Desde então, há quase 25 anos, passou a ser disciplinado em legislação infraconstitucional.

Outras propostas para acabar com o benefício já entraram em tramitação tanto na Câmara quanto no Senado, mas sem aprovações finais. O projeto debatido agora é de autoria da senadora licenciada e atual ministra-chefe da Casa Civil, Gleise Hoffmann.

Líderes de todos os partidos se manifestaram em Plenário a favor da proposta. A maioria das intervenções destacou que a medida pode aproximar o parlamento da população e recuperar a imagem junto à opinião pública.

O fim dos 14º e 15º salários aos parlamentares foi negociado junto às bancadas pelo atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). No momento da votação, o painel eletrônico registrou a presença de 476 deputados federais. (pulsar)

28 de fev2013

Usina no Mato Grosso terá que contratar trabalhador na cidade de origem e garantir custos

por pulsar brasil

De acordo com MPT, funcionários da Usina terão direitos ampliados (foto: divulg.)

Após protestos, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e as empreiteiras responsáveis pela construção da Usina Hidrelétrica de Colíder, no Mato Grosso, firmaram na semana passada um compromisso que amplia os direitos dos trabalhadores de fora da região.

Com base na instrução normativa nº 90 do ministério, o consórcio das empreiteiras JMalucelli e CR Almeida terá de comunicar contratações para o MTE, assinar a carteira de trabalho na região de origem do funcionário, além de custear despesas com passagens, alimentação e hospedagem.

As atividades estão interrompidas desde que funcionários depredaram um canteiro de obras, no dia 11 de fevereiro. Uma das hipóteses investigadas pela polícia para a destruição é a insatisfação dos trabalhadores com as condições de trabalho na área.

A organização Repórter Brasil destaca o relato de Jefferson do Nascimento, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Segundo ele, não há dúvidas de que os protestos foram iniciados devido a “uma série de insatisfações” referentes a direitos trabalhistas que o Consórcio não vinha cumprindo.

Entre elas, citou o não pagamento de horas-extras, redução do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), acidentes de trabalho, vale-alimentação de valor insuficiente e alimentação de baixa qualidade.

A usina de Colíder tem histórico de irregularidades trabalhistas. Em março do ano passado, o próprio MPT ajuizou ação cautelar para interditar frentes de trabalho. Durante a inspeção, foram detectadas a ausência de equipamentos de proteção e a inadequação parcial dos alojamentos, banheiros e refeitórios, entre outros problemas. A usina está sendo construída no rio Teles Pires, norte do Mato Grosso. (pulsar)

27 de fev2013

Nove dos cardeais que escolherão novo papa são suspeitos ou cúmplices de assédio sexual ou pedofilia

por pulsar brasil

Conclave deve anunciar o novo papa ainda em março. (reprod.)

Entre os 117 cardeais com direito a voto no conclave, pelo menos nove podem ter praticado ou acobertado atos ilegais como assédio sexual e pedofilia. O número equivale a quase 8% dos religiosos com poder de decisão no Vaticano.

Nesta semana, o responsável pela Igreja Católica na Escócia, o cardeal Keith Michael Patrick O’Brien, renunciou ao seu direito de participar da eleição do novo papa. Oficialmente, explicou que tomou a decisão porque não queria que a atenção da mídia se concentrasse nele e sim no papa Bento XVI e em seu sucessor. O’Brien está entre os acusados de ter praticado assédio sexual, ainda na década de 80.

O cardeal e antigo arcebispo de Los Angeles, Roger Mahony, também é suspeito de ter acobertado 129 casos de pedofilia por várias décadas. Em carta, a associação de católicos dos Estados Unidos Catholics United afirmou que a presença de Mahony “vai agravar o escândalo e a vergonha” da igreja. Outro estadunidense, o cardeal Justin Francis Rigali, ex-chefe da diocese de Filadélfia, é acusado de não revelar casos de pedofilia que teriam sido cometidos por 37 sacerdotes.

Outro acusado é o cardeal belga Godfried Danneels, que teve seu computador apreendido por conta de suposto acobertamento de abusos de jovens. Já o cardeal irlandês Seán Baptist Brady pode estar envolvido com uma centena de casos de abusos cometidos em orfanatos, escolas e paróquias.

Acusações do tipo são feitas também contra outros religiosos da Austrália, Polônia, Eslovênia, México e Argentina. A suspeita ou comprovação da participação em atos de assédio sexual e pedofilia não é suficiente para impedir a participação no conclave, que deve escolher um novo papa ainda em março. A decisão de afastamento da eleição deve ser tomada por cada religioso. (brasildefato/pulsar)

27 de fev2013

Entidades nacionais e internacionais defendem que sistema de rádio digital seja aberto

por pulsar brasil

Dependendo da tecnologia escolhida, comunitárias podem ficar de fora da digitalização. (reprod.)

O Conselho Consultivo responsável por debater o melhor padrão de rádio digital para o Brasil volta a se reunir amanhã (28), em Brasília. Entidades brasileiras e europeias pela democratização da comunicação prepararam documentos nos quais defendem uma tecnologia que garanta a permanência das rádios comunitárias no processo de transição do analógico para o digital.

Essa é a primeira vez que o Conselho se reúne em 2013. Ele é composto por representantes do governo, do setor de radiodifusão e da indústria. No entanto, uma das críticas recai justo sobre sua composição.

A Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação (Frentecom) formula um documento, que deve ser divulgado em breve, apontando que o Conselho deixou de contemplar setores importantes da sociedade, como a academia e os trabalhadores de rádio. Reforça ainda que o processo de digitalização deste veículo deve estar à serviço, primordialmente, do aprofundamento da democracia do país. E destaca a necessidade de uma tecnologia que não gere custos sobre o uso de seu conhecimento.

Outra carta, assinada pelo Fórum Europeu de Mídia Comunitária e pela Associação Mundial de Rádios Comunitárias Europa (Amarc Europa), vai pelo mesmo caminho. No documento, que será entregue amanhã ao Ministério das Comunicações (MiniCom), as entidades defendem que o modelo de rádio digital deve permitir às emissoras comunitárias “terem e operarem seu próprio sistema de transmissão”.

Dois padrões estão na disputa: o europeu DRM e o estadunidense HD Radio Iboc. O Fórum Europeu e Amarc Europa destacam que o DRM é um sistema aberto, enquanto o HD Radio Iboc é proprietário. Reforçam que um sistema aberto torna possível que rádios comunitárias construam seus próprios transmissores a baixos custos. Esse é um dos motivos porque recomendam ao governo brasileiro a adoção deste tipo de padrão.

No Brasil, a digitalização do rádio ainda é um assunto restrito a especialistas. Diante disso, entidades que lutam pela democratização da mídia demonstram preocupação e reivindicam a ampliação do debate para todos os setores sociais interessados em contribuir na decisão sobre o padrão tecnológico a ser adotado. Para tal, exigem que o MiniCom promova audiências e consultas públicas sobre o assunto. (pulsar)

Atualização: Esta nota foi modificada. O texto anterior  poderia dar a entender que o documento da Frentecom mencionado já foi concluído e publicado, o que até o momento não ocorreu.

26 de fev2013

Trabalho infantil na pecuária é generalizado e amplamente ignorado

por pulsar brasil

Questão se soma à falta de escolas no campo. (foto: fao)

A agricultura é o setor onde ocorre a maior parte do trabalho infantil a nível mundial,  sendo que pecuária representa 40% da economia agrícola. Essas são constatações da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

O estudo “Trabalho infantil no sector da pecuária: pastoreio e outros tipos”, lançado nesta segunda-feira (25) pelo órgão, afirma que o trabalho infantil no setor pecuário tem recebido menos atenção do que o em outras áreas da agricultura.

O Brasil é citado pelo envolvimento de crianças no abate de animais ao lado do Equador. E é também mencionado por casos de trabalho de crianças na fabricação de produtos do gado, junto da Bolívia e do Paraguai.

O estudo da FAO defende que governos, organizações de agricultores e famílias rurais estejam envolvidos nos esforços  para conter a prática. E aponta que, muitas vezes, a prática reflete as necessidades de sobrevivência no campo.

A diretora adjunta da Divisão do Gênero, Equidade e Trabalho Rural da FAO, Eva Crowley, relacionou a situação à educação no campo. Disse que em “muitas zonas rurais não existem escolas ou elas são de baixa qualidade”. Estas, por exemplo, “não têm uma perspetiva que não valorize a agricultura”.

De acordo com informações do site da FAO, “durante séculos, as comunidades pastoris têm envolvido seus filhos no cuidado do gado da família”, uma forma de transferir conhecimentos. Dessa maneira, a entidade recomenda que se trabalhe para sensibilizar sobre tarefas apropriadas às idades das crianças e aceitáveis a elas, em oposição às que violam os direitos humanos. (pulsar)

Áudio – Eva Crowley, da FAO, relaciona educação e trabalho infantil no campo. (rádio onu)

26 de fev2013

Indígenas cobram demarcações do governo e denunciam policias federais

por pulsar brasil

Lideranças guarani Kaiowá se encontram com ministra Maria do Rosário (Foto: Ruy Sposati/Cimi)

Lideranças indígenas Guarani, Kaiowá, Terena e Kadiwéu reunidas em Campo Grande  entregaram na segunda-feira (25) uma carta endereçada ao governo federal. Entre outros pontos, o documento exige o afastamento de dois delegados da Polícia Federal (PF) de Dourados, Mato Grosso do Sul.  Os indígenas estiveram com com a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário.

Em carta, as lideranças resgatam o histórico recente de ataques de fazendeiros e ameaças de despejos sofridas pelos povos sul mato-grossenses. Apontam que, somente em 2013, foram contabilizados ao menos 10 ataques de pistoleiros e fazendeiros contra acampamentos indígenas, culminando na execução do jovem Kaiowá Denilson Barbosa, de 15 anos, em Caarapó na última semana.

Os signatários da carta responsabilizam a lentidão do governo federal na demarcação das terras indígenas como principal causa dos conflitos e violências. Os indígenas também denunciam a atuação de policias, em especial dos delegados da Polícia Federal de Dourados Chang Fan e Fernando José Parizoto.

Segundo eles, os policias teriam negado ajuda às lideranças Guarani Kaiowá após a morte do jovem indígena em Caarapó. Também teriam responsabilizado os indígenas pelo conflito. Diante disso, na carta exigem que ambos os policiais sejam afastados do cargo. (pulsar)

26 de fev2013

Movimento Xingu Vivo leva denúncias sobre espionagens ao Ministério Público

por pulsar brasil

Xingu Vivo tem denunciado violações de direitos humanos em Belo Monte. (foto: amazon watch)

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu nesta segunda-feira (25) uma representação sobre a descoberta de um agente contratado pelo Consórcio Construtor de Belo Monte para espionar o Movimento Xingu Vivo para Sempre.

Durante reunião anual de planejamento do grupo, realizada neste último final de semana em Altamira, no Pará, o funcionário foi descoberto com uma caneta espiã. De acordo com informações do Movimento, ele gravava as intervenções dos participantes e fazia fotos dos presentes.

Se dizendo arrependido, aceitou conceder depoimento em vídeo sobre sua função. Admitiu ter sido contratado para se infiltrar e repassar informações à empresa. Com essa intenção, desde outubro do ano passado o funcionário  integrava o Movimento, que luta em defesa dos direitos dos atingidos pela hidrelétrica.

Ele contou receber 5 mil reais mensais. Relatou que estava desempregado e que nunca tinha recebido tanto dinheiro na vida. O principal alvo de espionagem seria Antônia Melo, uma das coordenadoras do Xingu Vivo. Por ser morador de Altamira, a conhece pessoalmente desde a infância.

O funcionário contou ainda que, no próximos dias, um integrante da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) chegaria à cidade. De acordo com ele, o Consórcio de Belo Monte repassaria as informações adquiridas na espionagem ao órgão, que é subordinado à Presidência da República.

O documento entregue ao Ministério Público solicita abertura de inquérito civil público e criminal. Destaca que o esquema de espionagem “chega a ser inacreditável em pleno Estado democrático de direito”. Informa sobre o temor pela segurança dos integrantes do Xingu Vivo e pede, inclusive, pela proteção do agente do Consórcio, que “passa a ser testemunha das ilegalidades de Belo Monte”. (pulsar)

25 de fev2013

Obra para Olimpíadas provoca mais uma remoção no Rio de Janeiro

por pulsar brasil

Casa no Largo do Tanque, Zona Oeste do Rio. (foto: renato cosentino/ comitê rio)

No Largo do Tanque, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, das cerca de 50 famílias, menos de 10 resistiam à remoção realizada pela prefeitura municipal. Sob a justificativa de avançar com as obras da Transcarioca, os moradores foram despejados em apenas três semanas.

De acordo com informações do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, os depoimentos dos afetados mencionam intimidações e baixas indenizações dos imóveis. Como forma de pressionar os moradores a aceitarem a primeira oferta, os valores vão se reduzindo ao longo do tempo.

As indenizações não passam de 30 mil reais e há relatos de famílias que terão que recomeçar a vida com apenas 7 mil. O Comitê destaca que não há registro público da ação e os moradores não estão recebendo notificações ou comprovantes oficiais durante o processo de remoção.

As famílias do Largo do Tanque denunciam ainda que são ameaçadas a não procurarem a Justiça, porque estariam em situação ilegal e perderiam suas casas sem qualquer reparação. Os moradores estão no local há mais de cinco anos.

De acordo com a prefeitura, as obras da Transcarioca estão em ritmo acelerado para serem entregues até o fim deste ano. Com vistas para as Olimpíadas de 2016, os 39 quilômetros da via expressa estão entre o bairro Barra da Tijuca e o Aeroporto Internacional Tom Jobim.

No ano passado, o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas lançou o dossiê “Megaeventos e Violações dos Direitos Humanos no Rio de Janeiro”. O documento denuncia impactos das obras no setor de transporte e em centros esportivos. Até abril de 2012, a estimativa era de que mais de 7 mil famílias já tinham sido despejadas ou estavam sob ameaça de despejo na cidade do Rio. (pulsar)

25 de fev2013

Ativista defende redução de carros nas ruas durante 2º Fórum Mundial da Bicicleta em Porto Alegre

por pulsar brasil

A bicicletada realizada durante o Fórum Mundial da bicicleta reuniu milhares de pessoas em POA (foto: Ramiro Furquim/sul21)

A diretora da ONG nova-iorquina Transportation Alternatives Caroline Samponaro defendeu a retirada gradual dos espaços destinados aos carros de uso individual para um tráfico mais “pacífico, seguro e sustentável” nas cidades. Ela participou do 2º Fórum Mundial da Bicicleta, que se encerrou nesse domingo (24) em Porto Alegre.

Para a ativista, a luta por uma cidade diversificada em seus modais de mobilidade urbana é, também, a luta por uma cidade que valorize e democratize espaços públicos. Ela explica que não adianta aumentar o número de ciclistas se as ruas continuam entupidas de carros. Por isso, defende a implementação de “políticas para tornar o ciclismo mais seguro”, além da diminuição da circulação de carros privados nas ruas.

Em sua primeira visita à cidade, ela diz estar “inspirada pela energia incrível dos ativistas” de Porto Alegre. Caroline participou do debate “Pedalar para Transformar”, uma das atividades do Fórum.

Antes do encerramento, que ocorreu com a realização de uma Assembléia Geral, foi realizada a tradicional bicicletada da Massa Crítica, que ocorre toda última sexta-feira de cada mês em várias cidades do país. A manifestação ganhou fôlego extra com a realização do Fórum e milhares de ciclistas se integraram à pedalada, que passou por várias vias importantes de Porto Alegre.  (pulsar/sul21)

25 de fev2013

Movimentos protestam contra decisão da Corte uruguaia que pode arquivar crimes da ditadura

por pulsar brasil

Lei da Anistia foi aprovada em 2011 para julgar crimes da ditadura (foto: agenciapulsar)

Uma manifestação será realizada na tarde de hoje (25) em Montevidéu contra a decisão do Supremo Tribunal do Uruguai, que declarou inconstitucionais dois artigos de uma norma interpretativa da Lei de Anistia do país.

De acordo com a decisão divulgada na última sexta-feira (22), não poderão ser aplicadas leis penais mais severas que as existentes no período em que ocorreu o crime. A norma interpretativa da Lei de Anistia garantia que os crimes contra a humanidade não prescreviam para essa regra.

Com esta Lei, o Congresso uruguaio respondeu a uma recomendação da Corte Interamericana de Direitos Humanos em 2011 para investigar os crimes da ditadura. No entanto, com a nova decisão do Supremo Tribunal, julgamentos dos crimes poderão ser bloqueados.

Em repúdio à decisão da Corte, sindicatos e grupos de familiares e de desaparecidos políticos convocaram um ato para esta tarde. Questionada sobre a possibilidade de iniciar um julgamento político contra o Tribunal, a senadora  Lucia Topolansky assegurou que recorrerá a “todos os caminhos possíveis” em rechaço à medida. (pulsar)

Leia essa nota em espanhol.

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